Guardo com carinho as lembranças recentes deste projeto, um dos que mais me gerou satisfação ao vê-lo ganhar vida. O trabalho do designer, ao contrário do que muitos pensam, transcende o campo material. Ele aproxima emocionalmente as pessoas envolvidas, gera afeto ao que se está criando numa recompensa imensurável. Foi assim com a Casa de Cultura Amaramar, localizada no Terreirão (Recreio dos Bandeirantes), no Rio de Janeiro.
Desde o início, ao sair do encontro com os idealizadores da casa, Francisco e Lívia, pensamos numa representação que fosse um estado de espírito, mais sentimento do que algo literal. O painel na
frente da casa (foto abaixo), desenhado por Francisco, foi inspirador para o conceito. A forma gerada e elevada à símbolo vai
de encontro a ele, surge dele. Num pensamento poético, podemos imaginar que uma parte daquela pintura resolveu sair para habitar
outros espaços, numa síntese dos sentimentos contidos e expressados ali.
A forma orgânica, de fato, foi gerada a partir da letra “a” de amaramar, do seu pleno e sublime movimento. O símbolo insinua, mas ao invés de acabar em si mesma, ela continua, gerando outra forma, que por sua vez continua, voltando ao “a”. Insinua, também, o infinito, a eterna busca. Já nas cores encontramos o mar (azul), o sol (laranja), as árvores (verde) e a alma (roxo), elementos interligados, conectados a essência da casa.
Criamos - num processo de coautoria, como sempre deve ser um projeto - uma marca que remete às curvas da vida, em ciclos que se abrem e se fecham e se abrem novamente, numa busca infinita pelo autoconhecimento, por novos saberes, sempre recheada de muita imaginação!
Obrigado à Daniela Andrade e amigos da Utilità (utilitaonline.com.br), por intermediarem o trabalho; obrigado ao casal Francisco e Lívia, por me permitir fazer parte dessa adorável casa.
Para conhecer o espaço cultural, acesse os links:
Abraços!
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